A informação é um dos ativos mais valiosos no mundo contemporâneo. Tanto usuários individuais quanto organizações possuem uma quantidade crescente de dados e informações que precisam ser mantidas em segurança.
A segurança da informação é a área do conhecimento que trata das questões de segurança dos ambientes onde dados e informações são criados, processados e armazenados. E, ao contrário do que muitas pessoas pensam, essa área não se restringe apenas as informações disponíveis em meios digitais, mas também contempla as informações existentes em ambientes físicos.
Neste artigo, vamos conhecer o que é segurança da informação, seus principais pilares, bem como vamos ver algumas ameaças de segurança e boas práticas que podemos adotar.
1 – O que é segurança da informação?
Segurança da informação é um conjunto de práticas, políticas e tecnologias usadas para proteger informações — sejam elas digitais ou físicas — contra acessos não autorizados, alterações indevidas, perdas, vazamentos ou destruição.
Em outras palavras, trata-se de garantir que os dados estejam seguros, corretos e acessíveis apenas por quem deve acessá-los, no momento certo.
Para entender melhor o conceito de segurança da informação, imagine um cofre com muitos documentos valiosos. A segurança da informação é a área que garante através de diversas técnicas, ferramentas e métodos que apenas pessoas autorizadas possam abrir o cofre, bem como garante que o conteúdo dele não seja alterado sem permissão e que esteja disponível sempre que for necessário.
Mas porque a segurança da informação é importante?
Analise comigo: hoje, praticamente tudo depende de informações: empresas, governos, sistemas de saúde, escolas, redes sociais, entre outros. Um simples vazamento de dados em qualquer um desses sistemas pode causar prejuízos financeiros, danos à reputação e riscos à privacidade.
Além disso, com o crescimento do uso da internet, redes e dispositivos conectados (como celulares e computadores), aumentam também os riscos com invasões de hackers, infecção por malwares, falhas humanas ou técnicas que podem comprometer a segurança de nossas informações.
2 – Pilares de segurança da informação
Para proteger nossos dados em um mundo cada vez mais digitalizado, a área de segurança da informação se baseia em três princípios fundamentais — conhecidos como Tríade CIA:
- Confidencialidade (Confidentiality): garante que as informações serão acessadas somente pelo seu proprietário ou pelos usuários por ele autorizados. Por exemplo: sua senha de banco deve ser conhecida apenas por você, enquanto uma planilha com contatos comerciais deve ser acessada somente pelos vendedores de uma empresa.
- Integridade (Integrity): garante que, as informações terão suas propriedades originais preservadas, sem sofrer nenhum tipo de perda ou alteração, acidentais ou não autorizadas. Por exemplo: um contrato eletrônico não pode ser modificado sem que as partes autorizem.
- Disponibilidade (Availability): garante que as informações estarão acessíveis e prontas para uso sempre que o proprietário quiser utilizá-las. Por exemplo: o sistema de um hospital precisa estar disponível 24 horas para atender emergências.
A confidencialidade, a integridade e a disponibilidade constituem os pilares fundamentais da segurança da informação. Sempre que estivermos criando novos sistemas, dando manutenção ou fazendo melhorias em nossos sistemas atuais, devemos planejar cada uma de nossas ações tendo em vista o atendimento desses requisitos.
2.1 – Pilares de segurança complementares
Porém, é válido ressaltar que, a bibliografia da área de segurança da informação tem sido, frequentemente, atualizada e expandida. Atualmente, já são apontados outros fatores complementares para garantir a segurança de nossas informações:
- Autenticidade: toda informação gerada deve possuir um registro de sua autoria, bem como todas as alterações realizadas após a sua criação também devem ser devidamente registradas.
- Irretratabilidade: também chamada de não-repúdio, essa propriedade exige que o sistema possua mecanismos que não permitam que o autor da informação negue a autoria da informação. Certificados digitais e assinaturas eletrônicas são exemplos desses mecanismos.
- Legalidade: toda informação gerada e todos os procedimentos adotados em relação a ela, devem estar em conformidade com a legislação vigente. Atualmente, no Brasil, a legislação mais importante sobre esse assunto, é a Lei N° 13.709, de 14 de agosto de 2018, conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
3 – Principais ameaças à segurança da informação
A segurança da informação precisa lidar com diversos tipos de ameaças, que podem surgir tanto de fora quanto de dentro de uma organização. Veja alguns dos principais riscos:
1. Malwares (vírus, worms, ransomware): são programas maliciosos criados para invadir, danificar ou roubar dados. Um dos exemplos mais perigosos é o ransomware, que sequestra arquivos e exige pagamento para liberá-los.
2. Phishing: técnica usada para enganar pessoas e obter informações confidenciais, como senhas e dados bancários. Normalmente acontece por e-mails ou mensagens falsas que imitam empresas reais.
3. Ataques de hackers (ciberataques): são invasores que exploram falhas em sistemas ou redes para roubar dados, espionar, causar prejuízo ou paralisar serviços.
4. Falhas humanas: erros simples como usar senhas fracas, clicar em links suspeitos ou deixar documentos sensíveis desprotegidos podem comprometer a segurança.
5. Ameaças internas: funcionários ou parceiros com acesso indevido a informações podem, intencionalmente ou por descuido, causar vazamentos ou alterações indesejadas.
4 – Boas práticas de segurança
Independentemente de ser um profissional da área de TI ou um simples usuário, todos podemos contribuir para proteger a informação. Em seguida, vamos ver algumas boas práticas de segurança da informação recomendadas:
- Use senhas fortes e únicas: misture letras, números e símbolos. Evite usar datas ou nomes fáceis de adivinhar.
- Ative a autenticação em dois fatores (2FA): um passo extra que protege mesmo que a senha seja descoberta.
- Mantenha sistemas atualizados: atualizações corrigem falhas de segurança.
- Evite clicar em links desconhecidos: verifique o remetente e o conteúdo antes de clicar.
- Realize backups regularmente: isso garante recuperação em caso de perda ou ataque.
- Treine usuários e colaboradores: a conscientização é essencial para reduzir erros e ataques de engenharia social.
Conclusão
Segurança da informação vai muito além de apenas proteger computadores e dispositivos. Antes de tudo, trata-se de proteger pessoas, negócios e a sociedade como um todo em um mundo cada vez mais digital.
Desde criar uma senha forte e segura até proteger sistemas complexos em grandes empresas, tudo faz parte de um esforço coletivo para manter os dados seguros.
Investir em segurança da informação não é apenas uma escolha técnica: é uma necessidade estratégica para garantir confiança, continuidade e integridade em tudo o que envolve dados.
Espero que este conteúdo seja útil de alguma forma para você. Se gostou do conteúdo, compartilhe com seus amigos e aproveite para acessar os outros artigos deste site.