O que é inteligência artificial? 

Certamente, a inteligência artificial (abreviada por IA) é um dos assuntos mais comentados da atualidade e um dos temas que mais desperta curiosidade entre as pessoas.  

Nos últimos anos, diversas ferramentas de IA surgiram como o ChatGPT, o Gemini, o Copilot, o Midjourney, o Synthesia, o Murf e muitas outras ferramentas, cada uma voltada para atender uma demanda específica.  

Mas, afinal de contas, o que é uma inteligência artificial? Quando surgiram? Como são desenvolvidas? Neste artigo, vou tentar responder essas e outras perguntas relacionadas ao tema. Vamos lá? 

1 – O que é uma inteligência artificial? 

A inteligência artificial (abreviada pela sigla IA) é uma tecnologia de software que simula a capacidade de raciocínio e resolução de problemas dos seres humanos para solucionar problemas computacionais.  

O uso de inteligência artificial permite realizar de forma automatizada diversas tarefas que antes eram realizadas, exclusivamente, por seres humanos. Veja quantos chats de atendimento baseados em inteligência artificial temos hoje em dia, veja o próprio ChatGPT que gera em segundos textos, imagens e códigos de software, ou IAs como o Synthesia que é capaz de gerar vídeos de alta resolução e o Midjourney que gera imagens de alta resolução conforme as instruções recebidas pelo usuário.  

Essas e muitas outras tarefas que antes precisavam de uma ou mais pessoas para serem elaboradas, e podiam demorar dias para ficarem prontas, passaram a ser executadas, com alta precisão e rapidez pelas inteligências artificiais. 

2 – Quando surgiram as inteligências artificiais? 

A inteligência artificial é um ramo de estudos da ciência da computação e, apesar de sua popularização ter ocorrido nos últimos anos, os primeiros estudos da área remetem a década de 40. 

Em 1943, os estadunidenses Warren McCulloch e Walter Pitts, publicaram um artigo chamado “A logical calculus of the ideas immanent in nervous activity”, que em tradução livre é “Um cálculo lógico das ideias imanentes à atividade nervosa”, o qual é considerado um estudo pioneiro sobre redes neurais. Nesse artigo, os estudiosos tentaram compreender como o cérebro humano produzia padrões complexos através das conexões entre os neurônios.  

Já em 1950, o cientista da computação, Alan Turing publicou o artigo “Computing Machinery and Intelligence”, que em tradução livre é “Máquinas de Computação e Inteligência”, onde introduz dois conceitos importantes para o desenvolvimento da área: o primeiro é o Teste de Turing, usado para determinar se uma máquina é inteligente ou não. O segundo é o conceito de máquinas que podem aprender por experiência, atualmente, conhecido como machine learning. Este conceito é usado até os dias de hoje no desenvolvimento de IAs. 

Em 1956, um outro avanço significativo ocorreu em uma conferência no Dartmouth College. Nesta ocasião, o cientista da computação estadunidense John McCarthy nomeou a área de estudo como Inteligência Artificial. 

Nas décadas seguintes vários estudos e novas tecnologias de IA surgem. E em 1997, um marco importante da história das IAs ocorre, quando o supercomputador Deep Blue, desenvolvido pela IBM e treinado para jogar xadrez, venceu uma partida contra Garry Kasparov, campeão mundial de xadrez e considerado um dos maiores enxadristas da história.  

Nos anos seguintes, foi a vez dos assistentes digitais ganharem destaque com o lançamento de produtos como a Siri da Apple (2011), o Google Assistente (2018), a Alexa da Amazon (2014), entre outros.  

Já em 2022, o lançamento do ChatGPT, representou um novo marco na história das IAs, sendo uma ferramenta disruptiva que popularizou as inteligências artificiais. O ChatGPT é uma IA de processamento de linguagem natural, que se destaca pela sua grande capacidade de processamento de informações, aprendizagem de máquina e geração de respostas inteligentes, praticamente, iguais as escritas por humanos. Além do ChatGPT, nos meses seguintes, surgiram muitas outras ferramentas semelhantes como, por exemplo, o Gemini da Google e o Copilot da Microsoft, popularizando cada vez mais as  IAs. 

3 – Tipos de inteligências artificias 

As inteligências artificias podem ser classificadas em dois tipos básicos: 

Inteligência artificial fraca (ou restrita): é o tipo de IA projetada e treinada para realizar tarefas específicas, como reconhecimento de voz, análise de dados, tradução automática ou geração de textos e imagens. Exemplos claros incluem assistentes pessoais como Siri, Google Assistente e Alexa, e chatbots como o ChatGPT e o Gemini. Essas IAs não possuem consciência, autoconhecimento, nem capacidade de entender ou aprender fora do escopo para o qual foram desenvolvidas. Mesmo os chatbots mais sofisticados de hoje se enquadram nessa categoria, pois executam tarefas limitadas e definidas, sem verdadeiro entendimento ou adaptabilidade fora dessas funções. 

Inteligência artificial forte (ou geral): essa é uma IA teórica que seria capaz de realizar qualquer tarefa intelectual que um ser humano possa fazer. Portanto, uma IA geral possuiria habilidades cognitivas semelhantes às humanas, como raciocínio, aprendizado, planejamento, criatividade e compreensão emocional. Diferente da IA fraca, a IA geral poderia aprender, adaptar-se e aplicar seu conhecimento a uma ampla variedade de tarefas. Atualmente, a IA forte ainda não foi alcançada e permanece um objetivo a longo prazo para os pesquisadores, representando um avanço significativo no campo da inteligência artificial. Este conceito é frequentemente explorado em obras de ficção científica, mas ainda está distante da realidade prática. 

Atualmente, todas as inteligências artificiais são classificadas como fracas. O desenvolvimento das inteligências artificias fortes é um dos principais campos de estudos da ciência da computação contemporânea e acredita-se que será possível atingir o seu desenvolvimento nas próximas décadas, conforme avançam os estudos e as tecnologias.  

4 – Como são desenvolvidas as inteligências artificiais? 

Uma outra curiosidade que muitas pessoas têm quando se trata de inteligência artificial é como elas são feitas. E de um modo geral, desenvolver uma inteligência artificial é desenvolver um software. E sim, segue todas as etapas do ciclo de desenvolvimento de um software com Análise de Requisitos, Estudo de Viabilidade, Design, Codificação, Teste, Instalação, Deploy e Manutenção. 

No geral, a linguagem de programação Python é mais popular para desenvolver IAs, pois, oferece uma ampla gama de bibliotecas poderosas que auxiliam nessa tarefa, entre as quais se destacam: 

NumPy e Pandas: para manipulação de dados e cálculos numéricos. 

Scikit-learn: para aprendizado de máquina clássico. 

TensorFlow e PyTorch: para desenvolvimento de redes neurais e deep learning. 

NLTK e spaCy: para processamento de linguagem natural (NLP) 

Mas, não é somente Python que é utilizado no desenvolvimento de IAs. Java, C, C++ e R são exemplos de linguagens, frequentemente, utilizadas na construção de IAs. 

Além das linguagens de programação, existem várias técnicas e métodos que são fundamentais para desenvolver uma inteligência artificial: 

Aprendizado de Máquina (Machine Learning): trata de um conjunto de técnicas que permite que as máquinas aprendam com experiências passadas e se ajustem a novos dados. 

Deep Learning: é uma especialização do Machine Learning, que utiliza redes neurais para processar grandes conjuntos de dados complexos. 

Processamento de Linguagem Natural (NLP): O NLP é um conjunto de técnicas que permite a um computador compreender e gerar linguagem humana. 

Redes Neurais: trata-se de um método de processamento de dados baseado na simulação de redes neurais humanas. 

A combinação entre essas técnicas, métodos e linguagens de programação permite criar inteligências artificiais cada vez mais eficientes, usada nas mais diversas áreas, auxiliando os seres humanos em suas tarefas diárias. 

Conclusão 

A inteligência artificial (IA) representa uma das áreas mais promissoras e transformadoras da tecnologia moderna. Desde suas primeiras concepções, as IAs evoluíram de simples algoritmos de resolução de problemas para sistemas complexos capazes de aprender, adaptar-se e realizar tarefas que antes eram exclusivas dos seres humanos. As ferramentas atuais, como o ChatGPT, Gemini, Copilot, Midjourney, Synthesia, Murf e muitas outras, demonstram a versatilidade e o potencial da IA em diferentes setores e aplicações. 

O desenvolvimento das inteligências artificiais envolve um processo meticuloso que combina grandes volumes de dados, algoritmos avançados e uma infraestrutura robusta. Esse processo é impulsionado por inovações contínuas em áreas como aprendizado de máquina, redes neurais e processamento de linguagem natural. À medida que a tecnologia avança, as IAs estão se tornando mais acessíveis e integradas ao nosso cotidiano, oferecendo soluções eficientes e inovadoras para desafios complexos. 

Ao passo que continuamos a explorar e expandir os limites da IA, é essencial considerar também as implicações éticas e sociais, garantindo que o seu desenvolvimento beneficie a humanidade de maneira justa e equilibrada. 

Em resumo, a inteligência artificial já está moldando o presente e promete transformar ainda mais o futuro. Estar bem-informado sobre esse tema é crucial para acompanhar e participar das mudanças que estão por vir, bem como aproveitar as oportunidades que irão surgir. 

Referências

https://hashdork.com/pt/linguagens-de-programa%C3%A7%C3%A3o-usadas-em-ai/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Computing_machinery_and_intelligence
https://pt.wikipedia.org/wiki/Deep_Blue
https://ubiminds.com/pt-br/como-o-ciclo-de-vida-de-desenvolvimento-de-software-funciona-e-quais-ferramentas-sao-necessarias-em-cada-uma-das-suas-fases/
https://www.alura.com.br/artigos/inteligencia-artificial-ia
https://www.dio.me/articles/linguagens-e-tecnologias-atuais-no-desenvolvimento-de-inteligencia-artificial
https://www.ibm.com/br-pt/topics/artificial-intelligence
https://www.ibm.com/br-pt/topics/neural-networks
https://www.totvs.com/blog/inovacoes/o-que-e-inteligencia-artificial/

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