O que são ataques cibernéticos?

No mundo cada vez mais conectado em que vivemos, termos como DDoS, MITM e Phishing tem se tornado cada vez mais comuns e preocupantes para usuários e organizações. Cada um desses termos nomeia um tipo diferente de ataque cibernético e representam uma ameaça constante para nossos dados e informações.

Neste artigo, vamos explorar o que são esses ataques e como podemos nos proteger deles em nosso dia a dia. Vamos começar? 

1 – O que são ataques cibernéticos?

Ataques cibernéticos são tentativas maliciosas de acessar sistemas computacionais, redes ou dispositivos com o intuito de roubar dados, causar danos ou interromper serviços. Estes ataques podem ser realizados por indivíduos, grupos organizados ou até mesmo por nações, com diferentes motivações: 

Criminosas: são ataques que visam obter ganhos financeiros. Possivelmente, os ataques mais comuns que existem, possui uma grande quantidade de exemplos como: invasão a contas bancárias, sequestro de dados, falsificação de títulos de pagamentos, entre outros. 

Políticas: são ataques que buscam promover causas sociais ou agendas e ideologias políticas. Esses ataques procuram desestabilizar os sistemas ou roubar dados de organizações governamentais (especialmente órgãos de segurança nacional e da alta gestão pública) e causar interrupções de serviços essenciais. 

Pessoais: são ataques que incluem uma variedade de aspectos pessoais e emocionais do envolvido ou envolvidos. Pode se tratar de uma vingança contra uma pessoa ou organização, uma forma de provar sua capacidade intelectual de invadir um sistema, entre outros fatores. 

2 – Principais tipos de ataques cibernéticos 

Infelizmente, a lista de ataques cibernéticos é bastante extensa e tem crescido cada vez mais. As técnicas adotadas pelos cibercriminosos variam da tradicional força bruta (aplicação de tentativa e erro até descobrir uma credencial de acesso) até sofisticadas técnicas de engenharia social. 

Independente da técnica utilizada, ataques cibernéticos são uma ameaça real para indivíduos e organizações. Um ataque bem-sucedido pode gerar enormes perdas financeiras, bem como prejudicar a reputação das vítimas.  

Abaixo, vamos ver uma relação com os principais tipos de ataques existentes. 

2.1 – Malware 

Malware é um termo geral para definir um software malicioso projetado para infectar sistemas e causar danos. Na classificação de malwares estão incluídos: 

Trojans: são softwares maliciosos disfarçados de aplicativos legítimos ou escondidos dentro de aplicações legítimas que executam atividades maliciosas no dispositivo infectado. 

Ransomware: é um software malicioso que quando executado criptografa os dados da vítima. Para restaurar o acesso aos dados, os criminosos exigem um pagamento da vítima. Grandes empresas e até mesmo hospitais têm sido alvos frequentes desse tipo de ataque. 

Spyware: é um programa que é instalado em um dispositivo para coletar dados e informações dos usuários. O spyware rastreia tudo que é feito pelo usuário sem o seu consentimento e envia os dados coletados para um dispositivo remoto que é controlado pelo invasor. Esses softwares também podem baixar e instalar outros programas maliciosos da internet sem que o usuário perceba. 

2.2 – Phishing 

O phishing é uma das táticas mais comuns utilizadas pelos cibercriminosos. Classificada como uma técnica de engenharia social, consiste no envio de mensagens fraudulentas (geralmente por e-mail, SMS ou chats de redes sociais) que parecem ser de fontes verídicas.  

O objetivo é enganar o destinatário para que ele forneça dados sensíveis, como senhas, informações bancárias ou números de cartões de crédito. Também há casos em que o objetivo é persuadir o usuário a baixar um malware em seu dispositivo. Exemplos comuns de phishing incluem falsos alertas de bancos e promoções falsas de grandes empresas. 

2.3 – MITM (Man In The Midle) 

Os ataques do tipo Man In The Midle (traduzido como “Homem no Meio”) ocorrem quando um invasor intercepta a comunicação entre duas partes, como um usuário e um site por exemplo, para espionar, roubar dados ou alterar as informações trocadas. A aplicação desse tipo de ataque é comum em redes Wi-Fi públicas, onde a segurança tende a ser mais fraca. 

2.4- Ataques DDoS (Distributed Denial-of-Service) 

Nos ataques de Negação de Serviço Distribuído (DDoS), os criminosos sobrecarregam um servidor ou rede com um volume excessivo de requisições. Isso deixa o sistema lento ou completamente inacessível para os usuários legítimos. 

Em geral, esses ataques não trazem ganhos financeiros para os criminosos, somente satisfação pessoal por tornar o serviço inacessível. Porém, há casos em que um ataque desse tipo pode ser parte de uma estratégia de extorsão ou possuir motivações político-ideológicas para prejudicar a reputação daquela organização. 

2.5- Ataques de Força Bruta 

Os ataques de força bruta utilizam tentativa e erro para descobrir senhas, testando automaticamente inúmeras combinações de caracteres até encontrar a correta. Embora simples, essa técnica é eficaz, especialmente contra senhas fracas ou reutilizadas em muitos serviços diferentes. 

2.6 – Engenharia Social 

A engenharia social é uma técnica que explora o fator humano, manipulando psicologicamente as pessoas para que revelem informações confidenciais, concedam acesso a sistemas, baixem arquivos maliciosos e até mesmo enviem dinheiro para os criminosos. 

Exemplos incluem ligações telefônicas falsas de suporte técnico ou mensagens que apelam para urgência, como “sua conta será desativada se não agir agora”. 

3 – Como se proteger de ataques cibernéticos?

Como é possível ver, existe uma grande quantidade de ataques cibernéticos e não devemos jamais negligenciar nossa segurança digital. Entender os diferentes tipos de ataques cibernéticos é o primeiro passo para nos proteger dos criminosos. Mas isso não é o suficiente, precisamos tomar medidas de segurança para proteger nossos dados e informações. Veja abaixo, uma lista de medidas de segurança que devemos adotar em nosso dia a dia: 

Mantenha softwares e sistemas atualizados: mesmo que seja muito chato esperar o download e a instalação de uma atualização de sistema, não devemos negligenciar esse ponto. Atualizações de softwares trazem correções para vulnerabilidades de segurança e são essenciais para nossa proteção. 

– Utilize Senhas Fortes: crie senhas complexas que combinem letras, números e caracteres especiais. Não reutilize senhas e, periodicamente, atualize as senhas que você utiliza. Clique aqui para aprender como criar uma senha forte e aqui para acessar um gerador de senhas gratuito. 

Use softwares originais: a pirataria além de ser crime, representa uma grande vulnerabilidade para a segurança dos nossos dados. Todo software pago que foi modificado por alguém para funcionar gratuitamente tem o potencial de possuir brechas de segurança e códigos maliciosos que poderão ser usados por cibercriminosos. Sempre opte por adquirir softwares originais e, se você não possuir condições financeiras para comprá-los, procure por uma alternativa open source. 

Ative a autenticação de dois fatores:  sempre que possível utilize a autenticação multifator. Uma camada extra de proteção é importante para manter nossos dados protegidos caso a primeira barreira seja rompida por um invasor. 

 – Mantenha backups regulares: mesmo tomando todas as medidas de segurança possíveis, ainda assim uma invasão pode acontecer. Por isso, é importante manter backup das suas informações mais importantes, seja em um dispositivo físico ou um servidor na nuvem. 

Evite redes Wi-Fi públicas: redes Wi-Fi públicas como, por exemplo, de aeroportos e hospitais, podem ser alvos de cibercriminosos, que aproveitam o fato dessas redes serem acessadas, diariamente, por muitas pessoas, para explorar vulnerabilidades que permitam roubar dados de terceiros. Redes públicas devem ser usadas somente em casos emergenciais. Sempre procure usar sua rede de dados móveis que é bem mais segura que uma rede Wi-Fi pública.  

 – Mantenha-se sempre atento: todas as medidas de segurança são fundamentais, mas se não estivermos atentos aos detalhes nós mesmos podemos representar uma vulnerabilidade aos dados. Os golpes estão cada vez mais sofisticados e qualquer pessoa pode se tornar uma vítima. Devemos sempre analisar o cenário antes de clicar em links, fornecer nossos dados para cadastros, baixar arquivos para nossos dispositivos, entre outras situações. 

Mantenha-se atualizado: como dito, anteriormente, existem muitos tipos de ataques cibernéticos e a lista não para de crescer. Portanto, procure informar-se sobre os golpes que estão sendo aplicados e conheça as medidas de segurança que você pode adotar. Estar bem-informado lhe coloca um passo à frente de um potencial ataque de um cibercriminoso, fechando brechas que poderiam ser exploradas. 

Conclusão 

A segurança cibernética não pode ser negligenciada por ninguém. De um simples usuário de internet até as grandes corporações públicas e privadas, devemos estar constantemente vigilantes e atualizados do que está acontecendo ao nosso redor.  

Ao compreender os tipos de ataques existentes e implementar medidas de proteção adequadas, podemos reduzir significativamente os riscos de nos tornarmos vítimas de criminosos cibernéticos. 

Lembre-se: prevenir é sempre melhor que remediar. Mantenha-se informado, atualizado e atento para garantir a segurança dos seus dados e informações. 

Espero que este conteúdo seja útil de alguma forma para você. Em caso de dúvidas, sugestões ou reclamações fique à vontade para entrar em contato.     

Referências: 

https://aiqon.com.br/blog/top-10-os-mais-comuns-ciberataques/
https://flowti.com.br/blog/conheca-10-praticas-para-se-proteger-dos-ataques-ciberneticos
https://www.fortinet.com/br/resources/cyberglossary/what-is-cyber-attack
https://www.ibm.com/br-pt/topics/cyber-attack

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