O que é HTTP? 

A internet revolucionou a forma como nos comunicamos e compartilhamos informações. Por trás dessa revolução, existem diversas tecnologias que garantem o funcionamento eficiente e seguro da web. Entre eles, destaca-se o HTTP (Hypertext Transfer Protocol) e sua versão segura, o HTTPS, os quais são pilares fundamentais para a comunicação entre dispositivos na internet. Neste texto, vamos entender o que são esses protocolos, como eles funcionam e qual sua importância para a segurança e eficiência da comunicação na internet. 

1 – O que é HTTP? 

O HTTP é um protocolo de comunicação entre dispositivos conectados em rede. HTTP é a sigla para Hypertext Transfer Protocol, que traduzido para o português significa, Protocolo de Transferência de Hipertexto. Conforme o próprio nome indica, este protocolo permite a transferência de documentos do tipo hipertexto entre dispositivos. Documentos hipertexto são documentos que possuem links clicáveis nas suas informações e podem direcionar o usuário para outros textos ou conteúdos, de maneira não linear. 

O HTTP é o protocolo de comunicação mais utilizado na World Wide Web (WWW). Quando você acessa um site, observe que a URL dele terá uma estrutura semelhante a essa: http://www.nomedosite.com.br.  

Veja que o endereço do site inicia com  http:// ou https://  indicando que estamos utilizando o protocolo HTTP para acessar aquele site.  

1.1 – HTTP e arquitetura cliente-servidor  

Representação gráfica  da arquitetura cliente servidor
Fonte: o autor

A internet funciona baseada na arquitetura cliente-servidor. Nesta arquitetura, um dispositivo chamado cliente, que pode ser um computador, notebook, tablet, televisor ou qualquer dispositivo com conexão à internet, realiza uma requisição (request) para um servidor que irá devolver uma resposta (response) para ele. Esta troca de informações entre cliente e servidor é feita por meio do protocolo HTTP, que define uma série de regras e padrões para comunicação online.  

2 – E o que é HTTPS? 

O HTTPS (Hypertext Transfer Protocol Secure – Protocolo de Transferência de Hipertexto Seguro) é uma evolução do protocolo HTTP.  

A transmissão de dados pelo protocolo HTTP não possui criptografia, assim se eles forem interceptados por terceiros podem ser facilmente lidos e entendidos. Esta era uma grave vulnerabilidade que comprometia a comunicação na internet. Foi para corrigir esta vulnerabilidade que surgiu o HTTPS. 

O HTTPS estabelece uma conexão segura e criptografada entre cliente e servidor, antes de transferir dados. Este protocolo utiliza as tecnologias de criptografia SSL e TLS em cada requisição e solicitação HTTP, tornando segura a transferência de dados na internet. 

3 – Como funcionam as requisições e respostas HTTPS? 

Como podemos perceber acima, o HTTPS é um protocolo fundamental para garantir uma navegação segura na internet. Mas você já se perguntou como acontece esse processo de comunicação segura entre cliente e servidor web?  

Quando acessamos um site ou enviamos dados através de um formulário online, uma série de processos ocorre nos bastidores para garantir que as informações sejam transmitidas de forma segura e eficiente. Vamos entender passo a passo como funcionam essas requisições e respostas HTTPS: 

–  Requisição realizada pelo cliente: quando o usuário acessa uma URL em seu navegador, por exemplo, uma requisição HTTPS é iniciada.  

Encontrar o IP do site: a primeira ação realizada é uma consulta ao servidor DNS para resolver o nome do domínio e encontrar o endereço IP do servidor onde o site está hospedado. 

Criação de conexão segura: após encontrar o IP, o navegador inicia um processo para estabelecer uma conexão segura com o servidor. Isto envolve a validação de certificados digitais e criar um canal seguro, criptografado, entre as partes. 

– Envio da Requisição HTTPS: com a conexão segura estabelecida, o navegador envia a requisição HTTPS ao servidor. As informações geralmente incluem o método HTTP (como GET, POST, PUT, PATCH ou DELETE), o cabeçalho da requisição e, às vezes, dados no corpo (como em formulários). Todos os dados são criptografados no navegador antes do envio ser realizado.  

Processamento da Requisição no Servidor: o servidor recebe a requisição, descriptografa-a e realiza seu processamento. Isso inclui realizar uma série de validações nos dados recebidos e consultar dados em bancos de dados para compor a resposta. 

– Resposta HTTPS do Servidor: após processar a requisição, o servidor prepara uma resposta, realiza sua criptografia e envia para o solicitante. Essa resposta contém o código de status HTTP (como 200 para sucesso ou 404 para não encontrado), cabeçalhos de resposta e, frequentemente, um corpo de resposta (em formatos como HTML, JSON ou XML). 

– Descriptografia da Resposta pelo Navegador: o navegador recebe a resposta criptografada e a primeira etapa para trabalhar com ela é fazer sua descriptografia.  Em seguida, os dados são processados pelo navegador e o resultado será renderizado na tela do dispositivo do usuário. 

– Fechamento da Conexão Segura: finalizada a comunicação entre as partes, a conexão SSL/TLS é encerrada. Em geral, cada requisição HTTPS estabelece uma nova conexão, embora métodos como Keep-Alive possam prolongar a conexão segura para várias requisições. 

Este processo de comunicação com o protocolo HTTPS, embora complexo em sua arquitetura, é otimizado para ocorrer em questão de milissegundos, proporcionando uma experiência fluida ao usuário. 

A velocidade da comunicação depende de diversos fatores, como a qualidade da conexão com a internet, o poder de processamento dos dispositivos envolvidos e a distância física entre cliente e servidor. Em condições ideais, com um hardware de boa qualidade e uma conexão de internet estável, todo esse ciclo de requisição e resposta acontece de forma praticamente instantânea, permitindo a navegação segura e ágil que conhecemos hoje.  

Esta alta eficiência é um dos pilares que possibilita a existência e expansão das aplicações web modernas e interativas, garantindo simultaneamente a segurança e a performance que os usuários buscam. 

Conclusão 

Como vimos, os protocolos HTTP e HTTPS são pilares fundamentais da internet. Enquanto o HTTP estabeleceu as bases para a comunicação na web, o HTTPS trouxe a camada de segurança necessária para proteger as informações transacionadas em ambientes online.  

A evolução desses protocolos reflete o desenvolvimento constante da internet, onde a busca por eficiência e segurança caminham lado a lado. Em um mundo cada vez mais conectado, compreender como essas tecnologias funcionam nos ajuda a entender melhor a infraestrutura que sustenta nossa vida digital e a importância da segurança na comunicação online. 

Gostou deste assunto e quer aprender mais sobre o protocolo HTTP? Clicando aqui, você tem acesso ao artigo que escrevi sobre Status Code. 

Espero que este artigo seja útil de alguma forma para você. Em caso de dúvidas, sugestões ou reclamações, fique à vontade para entrar em contato. 

O que são Status Code? 

Na era da conectividade digital, a comunicação entre clientes e servidores é essencial para o funcionamento de sistemas e aplicações na internet. Essa troca de dados é realizada por meio do protocolo HTTP, que garante a troca de informações entre as partes envolvidas.  

Em cada requisição feita por um cliente, o servidor responde com um código numérico conhecido como Status Code, que tem como objetivo informar se a operação foi realizada com sucesso ou se encontrou algum erro. Esses códigos são fundamentais para desenvolvedores e administradores de sistemas, pois fornecem informações claras sobre o estado das requisições, ajudando a identificar problemas e manter a fluidez das operações.  

Neste texto, iremos conhecer as diferentes categorias de Status Code e seus principais exemplos, detalhando a função de cada um na comunicação entre cliente e servidor. 

1 – Entendendo o que é um Status Code 

A internet é baseada na troca constante de dados entre clientes e servidores. Nos dias atuais, praticamente, todos os sistemas e aplicações que usamos estão conectados à internet e comunicam-se com serviços remotos localizados em servidores web. Essa comunicação ocorre através do protocolo HTTP e é nesse cenário que surgem os Status Code. 

Os Status Code, ou códigos de  status HTTP, são códigos numéricos retornados por servidores web em resposta para cada requisição feita pelos usuários (ou clientes). Esses códigos indicam se uma solicitação HTTP foi bem-sucedida ou não.  

Os códigos são compostos por três dígitos: 

– O primeiro dígito varia de 1 a 5 e indica o tipo de status; 

– O segundo e terceiro dígitos referem-se aos status contemplados no intervalo do primeiro dígito; 

Os Status Code são divididos em cinco categorias principais, as quais representam classes de respostas do servidor, organizadas da seguinte forma: 

Código Tipo Explicação 
100 – 199 Respostas informativas (Informal) Requisição em processamento pelo servidor 
200 – 299 Respostas bem-sucedidas (Success) Requisição processada com sucesso pelo servidor 
300 – 399 Mensagens de redirecionamento (Redirection) Requisição precisa ser redirecionada para ser concluída 
400 – 499 Respostas de erro do cliente (Client Error) Requisição não pode ser concluída ou possui erro de sintaxe 
500 – 599 Respostas de erro do servidor (Server Error) Requisição não pode ser concluída por falha no lado do servidor 

2 – Lista de Status Code 

Abaixo serão listados os principais Status Code retornados em requisições HTTP: 

Respostas informativas 

100 – Continue: indica ao cliente que o cabeçalho (header) da requisição foi recebido e ele deve continuar a requisição enviando o corpo (body) ou ignorar a resposta se a requisição já estiver concluída. Esse status é útil para determinar se o servidor está disposto a aceitar a requisição antes que o seu corpo (body) seja enviado, tornando o processo mais eficiente. 

101 – Switching Protocols: o servidor está mudando os protocolos conforme solicitado pelo cliente como, por exemplo, mudar para uma versão mais recente do HTTP. 

102 – Processing: este código indica que o servidor recebeu e está processando a solicitação, mas ainda não tem uma resposta pronta. 

103 – Early Hints: indica que o cliente receberá alguns campos de cabeçalho de solicitação antes da mensagem HTTP final, com instruções para que o agente de usuário pré-carregue recursos enquanto aguarda a conclusão do processo.  

Respostas bem-sucedidas 

200 – OK: a requisição foi bem-sucedida e o servidor retornou a resposta esperada. 

201 – Created: requisição bem-sucedida e um novo recurso foi criado como resultado. Geralmente, retornado em métodos PUT ou POST. 

202 – Accepted: indica que a solicitação foi recebida pelo servidor, mas não pode ser atendida. Esse retorno ocorre nos casos em que outro processo ou servidor lida com a requisição e para processamento em lote. É um retorno sem compromisso, pois não é possível enviar, posteriormente, uma resposta HHTP assíncrona indicando o resultado da solicitação.  

204 – No Content: requisição bem-sucedida, mas o servidor não retornou nenhum conteúdo. Nesse caso, não há corpo no retorno, mas os cabeçalhos podem ter alguma utilidade. 

206 – Partial Content: esse código é retornado quando o cabeçalho Range é enviado pelo cliente solicitando apenas parte de um recurso. É útil nos casos em que é necessário fazer um download fracionado de um ou mais recursos. 

Mensagens de redirecionamento 

300 – Multiple Choices: esse status indica que existe mais de uma possível resposta para a requisição, cabendo ao agente do usuário escolher entre elas.  

301 – Moved Permanently: indica que o recurso solicitado foi movido permanentemente para uma nova URL. Geralmente, retorna a nova URL no cabeçalho da resposta no item Location. 

302 Found: indica que o recurso solicitado foi alocado, temporariamente, em uma URL diferente. 

Respostas de erro do cliente 

400 – Bad Request: a requisição não pode ser processada devido a algum erro no cliente. Pode ser causado por uma sintaxe incorreta, cookies inválidos ou cache DNS não sincronizado. 

401 – Unauthorized: a requisição precisa de autenticação para ser completada. Ocorre quando o cliente deve se autenticar para obter a resposta solicitada e não realiza essa etapa corretamente. 

403 – Forbidden: o servidor entendeu a solicitação, mas não pode autorizá-la. Semelhante ao status 401, este indica uma recusa na autorização da requisição mesmo com as credenciais válidas. Geralmente, a causa desse status está relacionada com limitações de permissão do usuário como, por exemplo, tentar acessar um recurso de edição com uma permissão de visualização. 

404 – Not Found: indica que a requisição falhou porque o servidor não conseguiu localizar o recurso solicitado. Esse erro está associado a URLs digitadas incorretamente, problemas de armazenamento em cache e propagação de domínio incompleta. Pode ser causado também por uma remoção, temporária ou permanente, do recurso no lado do servidor.  

405 – Method Not Allowed: indica que o método HTTP da requisição é reconhecido pelo servidor, porém, não está disponível para o recurso solicitado. 

Respostas de erro do servidor 

500 – Internal Server Error: ocorreu um erro inesperado no servidor e a requisição não pode ser atendida no momento. 

501 – Not Implemented: o método HTTP da requisição não é reconhecido pelo servidor. Esse erro é o oposto do status 405, no qual, o método é reconhecido pelo servidor, mas não está disponível para o recurso solicitado.  

502 – Bad Gateway: o servidor, ao atuar como um gateway ou proxy, recebeu uma resposta inválida do servidor upstream e não pode atender a requisição. 

503 – Service Unavailable: o servidor está indisponível no momento. Esse erro indica um problema temporário no lado do servidor, ocorrendo devido a manutenções ou sobrecargas. 

Esses são os códigos mais conhecidos e usados no dia a dia. Além deles, muitos outros códigos existem e podem ser retornados em uma requisição. Para conferir uma lista completa dos status code existentes, clique aqui para visualizar a documentação no MDN Web Docs. 

Conclusão 

Os Status Code são essenciais para monitorar e controlar a troca de informações na web, oferecendo transparência e eficiência na comunicação entre clientes e servidores. Cada código carrega consigo uma mensagem específica, indicando desde respostas informativas até erros críticos, seja do lado do cliente ou do servidor.  

Compreender esses códigos é crucial para garantir a manutenção de sistemas e aplicações, permitindo diagnósticos rápidos e correções assertivas em eventuais falhas. Embora alguns códigos sejam mais comuns no dia a dia, há uma vasta gama de status que podem ser encontrados em diferentes cenários. Assim, conhecer e entender os Status Code é vital para o sucesso na gestão e desenvolvimento de aplicações conectadas à internet. 

Espero que este artigo seja útil de alguma forma para você. Em caso de dúvidas, sugestões ou reclamações, fique à vontade para entrar em contato. 

E se você quiser aprender mais sobre programação, acesse aqui a seção que tenho dedicada ao assunto.