Como manter a segurança na internet?

Em um mundo cada vez mais conectado, onde a tecnologia permeia cada aspecto de nossas vidas, a segurança na internet se tornou um dos temas mais importantes da atualidade. Nossas informações pessoais, financeiras e profissionais estão constantemente transitando por redes e dispositivos, tornando-nos alvos potenciais para ataques cibernéticos.

Mas o que significa, de fato, “manter a segurança na internet”? Muito mais do que apenas criar senhas complexas, a segurança na internet envolve um conjunto de hábitos, ferramentas e conhecimentos que, juntos, formam uma barreira robusta contra as ameaças digitais.

Neste artigo, vamos explorar os principais pilares da segurança digital e apresentar boas práticas que podem (e devem) ser adotadas por qualquer pessoa — seja você um profissional de TI, estudante da área ou alguém que procura simplesmente navegar com mais tranquilidade.

1. O alicerce da segurança na internet: senhas fortes e únicas

Não há como falar de segurança na internet sem começar pelas senhas. Elas são, literalmente, as chaves que protegem nossas contas e informações de acessos indevidos. Subestimar a importância das senhas é uma das maiores vulnerabilidades que muitos de nós criamos.

Para proteger nossa privacidade na internet, o primeiro passo é criar senhas fortes. Para isso, elas devem atender a alguns requisitos fundamentais:

  • Crie senhas longas: uma senha deve ter, no mínimo, 8 caracteres. Mas o ideal é que ela seja ainda mais longa. Quanto mais caracteres, mais tempo e recursos são necessários para quebrá-la em um ataque de força bruta.
  • Combine números, letras e caracteres especiais: jamais utilize padrões óbvios como “123456” ou “abcdef”. A força de uma senha reside na combinação aleatória de letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais (como !, @, #, $, %, etc.). Pense em frases longas e fáceis de memorizar, mas difíceis de adivinhar.
  • Nada de senhas óbvias: datas de nascimento (a sua ou de pessoas próximas), nomes de parentes, nomes de animais de estimação, nome do time de futebol que você torce. Essas informações e quaisquer outras de cunho pessoal podem ser facilmente encontradas em suas redes sociais e na internet em geral. Assim, esse tipo de senha pode servir como uma porta de entrada para invasores. Seja criativo na hora de criar suas senhas e evite dados que possam ser facilmente associados a você.

2. Comportamentos que fortalecem sua segurança na internet

Criar senhas fortes é o primeiro passo, mas a segurança na internet vai além disso e exige a adoção de vários comportamentos conscientes. Ignorar esses comportamentos e não os adotar em seu dia a dia pode anular todo o seu esforço inicial de criar senhas fortes.

  • A regra de ouro: senhas únicas para cada serviço: reutilizar a mesma senha em diversas plataformas é um erro grave. Você já parou para pensar que, ao repetir sempre a mesma senha em todos os lugares, basta que apenas uma de suas contas seja comprometida e o invasor terá acesso a todas as outras onde você usa a mesma credencial? Invista na criação de senhas diferentes para cada serviço que você usa.
  • Não anote suas senhas: anotar suas senhas em papéis, blocos de anotações ou arquivos de texto não protegidos é extremamente perigoso. Se essas anotações, físicas ou virtuais, caírem em mãos erradas, sua privacidade estará comprometida. Procure utilizar mecanismos confiáveis de gerenciamento de senhas para não precisar recorrer às anotações.
  • Atualize suas senhas periodicamente: vazamentos de dados são uma realidade e podem acontecer a qualquer momento, para qualquer empresa. Mesmo que as empresas que armazenam nossos dados tomem as melhores medidas e usem os melhores recursos e ferramentas de segurança digital, ainda assim suas informações podem ser expostas. Por isso, crie o hábito de atualizar suas senhas regularmente, pelo menos uma vez ao ano para serviços comuns e com mais frequência para serviços críticos como seu e-mail principal e suas contas bancárias.

3. Camadas extras de proteção: medidas adicionais de segurança

A sofisticação dos ataques cibernéticos é cada vez maior e para nos proteger precisamos ir além do básico. Integrar medidas adicionais de segurança ao seu dia a dia é crucial para impedir a ação de criminosos digitais:

  • Utilize gerenciadores de senhas: com a quantidade de serviços digitais que utilizamos hoje em dia, memorizar senhas únicas para cada um é praticamente impossível. Nesse contexto, os gerenciadores de senhas são importantes ferramentas que armazenam suas credenciais de forma criptografada e segura. Isso lhe permite criar senhas complexas e únicas para cada serviço sem a necessidade de memorizá-las. Muitos desses serviços oferecem versões gratuitas e são compatíveis com diversos dispositivos.
  • Configure a autenticação multifator (MFA): a autenticação multifator (MFA) adiciona uma poderosa camada extra de proteção aos seus serviços digitais. Mesmo que sua senha seja descoberta por um invasor, ele ainda precisará superar um segundo fator de autenticação para acessar sua conta. Isso pode ser um código enviado por SMS, e-mail, aplicativo autenticador (como Google Authenticator ou Microsoft Authenticator) ou até mesmo sua impressão digital. Ative a MFA sempre que disponível, pois esta é uma das medidas mais eficazes para prevenir acessos indevidos.
  • Mantenha seus softwares atualizados: as atualizações de software, seja do seu sistema operacional (Windows, macOS, Android, iOS) ou de seus aplicativos, não trazem apenas novas funcionalidades. Elas corrigem vulnerabilidades de segurança que poderiam ser exploradas por invasores. Por isso, mantenha seus dispositivos e softwares sempre atualizados.

4 – Comportamentos extras para aumentar a segurança na internet

Além das medidas adicionais de segurança que podemos adotar em nossos dispositivos e sistemas, há também alguns comportamentos simples que podemos adotar para aumentar nossa segurança na internet:

  • Desconfie sempre: essa é uma regra fundamental. Jamais forneça suas senhas ou códigos de autenticação a terceiros, independentemente da justificativa ou do meio de comunicação utilizado (telefone, e-mail, WhatsApp, redes sociais). Empresas e instituições legítimas nunca solicitarão suas credenciais de acesso dessa forma. Desconfie de mensagens ou ligações suspeitas e, se necessário, procure as autoridades competentes.
  • Evite usar redes Wi-fi públicas: redes públicas, como as oferecidas em shoppings, cafés e aeroportos, são muito práticas, mas também muito perigosas. Geralmente, essas redes não possuem uma boa proteção e podem ser um alvo fácil para criminosos que tentam interceptar seus dados. Não as utilize para acessar informações sensíveis, como dados bancários ou e-mails importantes. Prefira utilizar sua conexão 4G/5G. Porém, se precisar utilizá-las, opte por uma VPN (Rede Privada Virtual), que cria uma conexão criptografada e segura, dificultando a interceptação das suas informações.
  • Não clique em links e anexos suspeitos: sempre desconfie de links ou anexos recebidos por e-mail, SMS ou aplicativos de mensagens, especialmente se a mensagem for alarmista ou pedir para você tomar uma atitude urgente. Clicar em links maliciosos ou baixar anexos infectados pode instalar programas espiões no seu dispositivo ou direcioná-lo para páginas falsas que roubam suas informações de login. Verifique sempre o remetente e o conteúdo antes de clicar e, em caso de dúvida, entre em contato, por meio de um canal oficial, diretamente com a empresa ou pessoa que supostamente lhe enviou a mensagem.

Conclusão

Manter a segurança na internet é um processo contínuo que envolve a criação de senhas fortes, a adoção de comportamentos seguros e o uso dos recursos tecnológicos de segurança disponíveis. É dessa forma que você deixa de ser uma presa fácil para invasores e constrói uma verdadeira muralha contra ameaças cibernéticas, podendo usufruir dos benefícios da internet de forma segura e tranquila.

Lembre-se: suas informações pessoais são valiosas e proteger seus dados é proteger a si mesmo. Por isso, invista na sua segurança digital e proteja sua privacidade em um mundo cada vez mais conectado.

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O que é segurança da informação?

A informação é um dos ativos mais valiosos no mundo contemporâneo. Tanto usuários individuais quanto organizações possuem uma quantidade crescente de dados e informações que precisam ser mantidas em segurança. 

A segurança da informação é a área do conhecimento que trata das questões de segurança dos ambientes onde dados e informações são criados, processados e armazenados. E, ao contrário do que muitas pessoas pensam, essa área não se restringe apenas as informações disponíveis em meios digitais, mas também contempla as informações existentes em ambientes físicos.

Neste artigo, vamos conhecer o que é segurança da informação, seus principais pilares, bem como vamos ver algumas ameaças de segurança e boas práticas que podemos adotar.

1 – O que é segurança da informação?

Segurança da informação é um conjunto de práticas, políticas e tecnologias usadas para proteger informações — sejam elas digitais ou físicas — contra acessos não autorizados, alterações indevidas, perdas, vazamentos ou destruição.

Em outras palavras, trata-se de garantir que os dados estejam seguros, corretos e acessíveis apenas por quem deve acessá-los, no momento certo.

Para entender melhor o conceito de segurança da informação, imagine um cofre com muitos documentos valiosos. A segurança da informação é a área que garante através de diversas técnicas, ferramentas e métodos que apenas pessoas autorizadas possam abrir o cofre, bem como garante que o conteúdo dele não seja alterado sem permissão e que esteja disponível sempre que for necessário.

Mas porque a segurança da informação é importante?

Analise comigo: hoje, praticamente tudo depende de informações: empresas, governos, sistemas de saúde, escolas, redes sociais, entre outros. Um simples vazamento de dados em qualquer um desses sistemas pode causar prejuízos financeiros, danos à reputação e riscos à privacidade.

Além disso, com o crescimento do uso da internet, redes e dispositivos conectados (como celulares e computadores), aumentam também os riscos com invasões de hackers, infecção por malwares, falhas humanas ou técnicas que podem comprometer a segurança de nossas informações.

2 – Pilares de segurança da informação

Para proteger nossos dados em um mundo cada vez mais digitalizado, a área de segurança da informação se baseia em três princípios fundamentais — conhecidos como Tríade CIA:

  1. Confidencialidade (Confidentiality): garante que as informações serão acessadas somente pelo seu proprietário ou pelos usuários por ele autorizados. Por exemplo: sua senha de banco deve ser conhecida apenas por você, enquanto uma planilha com contatos comerciais deve ser acessada somente pelos vendedores de uma empresa.
  2. Integridade (Integrity): garante que, as informações terão suas propriedades originais preservadas, sem sofrer nenhum tipo de perda ou alteração, acidentais ou não autorizadas. Por exemplo: um contrato eletrônico não pode ser modificado sem que as partes autorizem.
  3. Disponibilidade (Availability): garante que as informações estarão acessíveis e prontas para uso sempre que o proprietário quiser utilizá-las. Por exemplo: o sistema de um hospital precisa estar disponível 24 horas para atender emergências.

A confidencialidade, a integridade e a disponibilidade constituem os pilares fundamentais da segurança da informação. Sempre que estivermos criando novos sistemas, dando manutenção ou fazendo melhorias em nossos sistemas atuais, devemos planejar cada uma de nossas ações tendo em vista o atendimento desses requisitos.

2.1 – Pilares de segurança complementares

Porém, é válido ressaltar que, a bibliografia da área de segurança da informação tem sido, frequentemente, atualizada e expandida. Atualmente, já são apontados outros fatores complementares para garantir a segurança de nossas informações: 

  1. Autenticidade: toda informação gerada deve possuir um registro de sua autoria, bem como todas as alterações realizadas após a sua criação também devem ser devidamente registradas.
  2. Irretratabilidade: também chamada de não-repúdio, essa propriedade exige que o sistema possua mecanismos que não permitam que o autor da informação negue a autoria da informação. Certificados digitais e assinaturas eletrônicas são exemplos desses mecanismos.
  3. Legalidade: toda informação gerada e todos os procedimentos adotados em relação a ela, devem estar em conformidade com a legislação vigente. Atualmente, no Brasil, a legislação mais importante sobre esse assunto, é a Lei N° 13.709, de 14 de agosto de 2018, conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)

3 – Principais ameaças à segurança da informação

A segurança da informação precisa lidar com diversos tipos de ameaças, que podem surgir tanto de fora quanto de dentro de uma organização. Veja alguns dos principais riscos:

1. Malwares (vírus, worms, ransomware): são programas maliciosos criados para invadir, danificar ou roubar dados. Um dos exemplos mais perigosos é o ransomware, que sequestra arquivos e exige pagamento para liberá-los.

2. Phishing: técnica usada para enganar pessoas e obter informações confidenciais, como senhas e dados bancários. Normalmente acontece por e-mails ou mensagens falsas que imitam empresas reais.

3. Ataques de hackers (ciberataques): são invasores que exploram falhas em sistemas ou redes para roubar dados, espionar, causar prejuízo ou paralisar serviços.

4. Falhas humanas: erros simples como usar senhas fracas, clicar em links suspeitos ou deixar documentos sensíveis desprotegidos podem comprometer a segurança.

5. Ameaças internas: funcionários ou parceiros com acesso indevido a informações podem, intencionalmente ou por descuido, causar vazamentos ou alterações indesejadas.

4 – Boas práticas de segurança

Independentemente de ser um profissional da área de TI ou um simples usuário, todos podemos contribuir para proteger a informação. Em seguida, vamos ver algumas boas práticas de segurança da informação recomendadas:

  • Use senhas fortes e únicas: misture letras, números e símbolos. Evite usar datas ou nomes fáceis de adivinhar.
  • Ative a autenticação em dois fatores (2FA): um passo extra que protege mesmo que a senha seja descoberta.
  • Mantenha sistemas atualizados: atualizações corrigem falhas de segurança.
  • Evite clicar em links desconhecidos: verifique o remetente e o conteúdo antes de clicar.
  • Realize backups regularmente: isso garante recuperação em caso de perda ou ataque.
  • Treine usuários e colaboradores: a conscientização é essencial para reduzir erros e ataques de engenharia social.

Conclusão

Segurança da informação vai muito além de apenas proteger computadores e dispositivos. Antes de tudo, trata-se de proteger pessoas, negócios e a sociedade como um todo em um mundo cada vez mais digital.

Desde criar uma senha forte e segura até proteger sistemas complexos em grandes empresas, tudo faz parte de um esforço coletivo para manter os dados seguros.

Investir em segurança da informação não é apenas uma escolha técnica: é uma necessidade estratégica para garantir confiança, continuidade e integridade em tudo o que envolve dados.

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Entendendo o que é criptografia

Em um mundo cada vez mais conectado, proteger nossas informações se tornou uma prioridade. Seja ao enviar uma mensagem no WhatsApp, fazer uma compra online ou acessar uma conta bancária via aplicativo, precisamos garantir a confidencialidade de nossos dados, resguardando-os de acessos não autorizados. Para isso, há um mecanismo invisível que garante que esses dados não caiam em mãos erradas: a criptografia.

Mas afinal, o que é criptografia? E o que significam os termos criptografia simétrica e criptografia assimétrica? Neste artigo, vamos explicar esses conceitos de forma clara, com exemplos práticos para facilitar a sua compreensão. Vamos começar?

1 – O que é Criptografia?

Criptografia é a ciência de transformar informações legíveis (conhecidas como texto plano) em um formato ilegível (conhecido como texto cifrado) por meio de algoritmos matemáticos. O objetivo é garantir a confidencialidade da informação — ou seja, garantir que somente pessoas autorizadas possam entendê-la.

Quando alguém precisa acessar a informação original, ela precisa aplicar um processo inverso chamado descriptografia.

Para entender melhor o conceito de criptografia, vamos imaginar um exemplo simples: imagine que você quer enviar a mensagem “EU TE AMO”, mas quer esconder o conteúdo. Você poderia substituir cada letra por outra. Por exemplo, avançando 3 letras no alfabeto (técnica chamada de cifra de César):

  • E → H
  • U → X
  • T → W
  • E → H
  • A → D
  • M → P
  • O → R

A mensagem cifrada seria: HX WH DPR

Claro que hoje em dia utilizamos métodos muito mais avançados de encriptação de dados, mas a ideia é a mesma: transformar o significado dos dados para protegê-los.

2 – Criptografia simétrica

Na criptografia simétrica, também conhecida como criptografia de chave secreta, utiliza-se a mesma chave tanto para cifrar quanto para decifrar a mensagem. Isso significa que ambas as partes (quem envia e quem recebe) precisam compartilhar uma chave secreta comum.

2.1 – Como funciona a criptografia simétrica

  1. Geração da Chave: O remetente gera uma chave secreta e precisa compartilhá-la de forma segura com o destinatário da mensagem. Este compartilhamento seguro da chave é um ponto crítico na criptografia simétrica.
  2. Criptografia: O remetente utiliza a chave secreta para aplicar um algoritmo de criptografia aos dados originais (texto plano), transformando-os em um texto cifrado ininteligível.
  3. Transmissão: O texto cifrado é transmitido através de um canal de comunicação (que pode ser inseguro).
  4. Descriptografia: O destinatário, possuindo a mesma chave secreta, utiliza o algoritmo de descriptografia correspondente para reverter o texto cifrado ao seu formato original (texto plano).
Representação gráfica do processo de criptografia simétrica.
Fonte: o autor

A rapidez é uma das principais vantagens dos algoritmos simétricos, tornando-os adequados para criptografar grandes volumes de dados. Outra vantagem é a simplicidade, pois ao utilizar uma única chave torna-se mais simples de entender e implementar a criptografia.

Entretanto, há também algumas desvantagens na criptografia simétrica. A principal é o gerenciamento das chaves, pois, é necessário compartilhar a chave secreta de forma segura entre todos os envolvidos. Se a chave cair em mãos erradas, toda a comunicação criptografada fica comprometida. Outro ponto é que, em sistemas com muitos usuários, a escalabilidade torna-se um desafio, pois gerenciar de forma segura um grande número de chaves secretas, torna-se em uma tarefa complexa e difícil.

2.2 – Algoritmos simétricos comuns

Para criar chaves simétricas precisamos utilizar um tipo específico de algoritmo. Os mais populares são:

  • AES (Advanced Encryption Standard): Um dos algoritmos simétricos mais utilizados atualmente, considerado altamente seguro.
  • DES (Data Encryption Standard): Um algoritmo mais antigo, considerado vulnerável a ataques de força bruta devido ao seu tamanho de chave menor.
  • 3DES (Triple DES): Uma evolução do DES que aplica o algoritmo três vezes para aumentar a segurança.

3 – Criptografia assimétrica

A criptografia assimétrica, também conhecida como criptografia de chave pública, surgiu para resolver o problema da troca segura de chaves. Para isso, ela utiliza um par de chaves: uma chave pública e uma chave privada.

  • A chave pública pode ser compartilhada com qualquer pessoa.
  • A chave privada deve ser mantida em segredo pelo dono.

Na criptografia assimétrica, o que uma chave faz, pode ser desfeito somente por sua chave par. Se você criptografar uma mensagem com a chave pública de alguém, somente a chave privada correspondente pode decifrá-la.

3.1 – Como funciona a criptografia assimétrica

  1. Geração do Par de Chaves: Cada entidade (usuário, servidor, etc.) gera seu próprio par de chaves pública e privada. Essas chaves são matematicamente relacionadas, mas é computacionalmente inviável derivar a chave privada a partir da chave pública.  
  2. Criptografia (com a chave pública do destinatário): Se Alice deseja enviar uma mensagem secreta para Bob, ela utiliza a chave pública de Bob para criptografar a mensagem.
  3. Transmissão: A mensagem criptografada é enviada para Bob.
  4. Descriptografia (com a chave privada do destinatário): O destinatário recebe a mensagem e descriptografa ela com sua chave privada. É válido ressaltar que, somente a chave privada de Bob pode descriptografar a mensagem cifrada, nenhuma outra pode fazer isso.
Representação gráfica do processo de criptografia assimétrica.
Fonte: o autor

A criptografia assimétrica possui como vantagem um gerenciamento de chaves simplificado, onde não há necessidade de compartilhar uma chave secreta entre as partes. Cada um possui seu próprio par de chaves, tornando esse modelo muito mais simples em relação ao modelo simétrico. A segurança aprimorada também é uma vantagem, pois, como a chave privada nunca precisa ser transmitida, o risco de interceptação é minimizado. Além disso, chaves assimétricas também podem ser utilizadas para assinaturas digitais, permitindo verificar a autenticidade e integridade dos dados.

Como desvantagens podemos citar a complexidade computacional. Os algoritmos assimétricos geralmente são mais lentos e exigem mais poder computacional em comparação aos algoritmos simétricos. O tamanho das chaves também é um fator de atenção. Para alcançar um nível de segurança comparável aos algoritmos simétricos, as chaves assimétricas tendem a ser maiores.

3.2 – Algoritmos Assimétricos Comuns

Assim como, para criar chaves simétricas precisamos utilizar um tipo específico de algoritmo, o mesmo vale para as chaves assimétricas. Os algoritmos mais populares para isso são:

  • DSA (Digital Signature Algorithm): Um algoritmo específico para criação de assinaturas digitais.
  • RSA (Rivest–Shamir–Adleman): Um dos primeiros e mais amplamente utilizados algoritmos de chave pública.
  • ECC (Elliptic Curve Cryptography): Um algoritmo mais moderno que oferece segurança equivalente ao RSA com chaves menores, sendo mais eficiente para dispositivos com recursos limitados.

Conclusão

A criptografia é uma das principais ferramentas para garantir a segurança da informação. Seja no modelo simétrico ou assimétrico, ela permite proteger dados contra acessos não autorizados e assegurar a confidencialidade e autenticidade das comunicações.

Ao entender como funcionam esses dois modelos — e onde cada um se aplica melhor —, conseguimos valorizar as tecnologias por trás da segurança digital que usamos diariamente, muitas vezes sem nem perceber.

Espero que este artigo seja útil de alguma forma para você. Em caso de dúvidas, sugestões ou reclamações, fique à vontade para entrar em contato.